Condominios em Ceilândia dão exemplo de sustentabilidade
<table style="width: 600px;" cellspacing="4" cellpadding="0">
<tbody>
<tr>
<td>Para enfrentar o problema relacionado ao descarte de lixo nas ruas do Setor Habitacional Pôr do Sol, na Cidade de Ceilândia, a ONG Cidadania sem Fronteiras iniciou trabalhos de conscientização em fevereiro deste ano. Além da distribuição de material educativo de casa em casa que atende cerca de 500 pessoas por ação, a organização instalou 16 contêineres em locais estratégicos da região, onde 5 mil pessoas passaram a descartar o lixo produzido em suas residências. O setor que foi construído em 2000, atualmente abriga cerca de 20 mil famílias em 10 mil lotes.
<p>Johnny Costa, coordenador da ONG, explica que as ações relacionadas ao descarte do lixo tem como principal foco a preservação dos mananciais de água. "Temos o projeto de preservação dos córregos que existem na área e do Parque Metropolitano de Ceilândia. Quando chove, o lixo e o entulho que as pessoas jogam na rua são levados para as águas e poluem, alem de sujar a área verde", explica.</p>
<p> O setor encontra-se inserido na chamada área de Relevante Interesse Ecológico Juscelino Kubtscheck (ARIE JK), dentro da qual passa o Rio Melchior, formado por córregos das cidades de Ceilândia, Taguatinga e Samambaia. "A nossa preocupação é que o lixo jogado nessas águas são levados para o Rio do Descoberto, afluente da represa de Corumbá IV, que abastece cidades do DF", explica o coordenador.</p>
<p>A Prefeita Comunitária da região, Francisca Ambrósio do Nascimento afirma que há regiões em que os caminhões de lixo não conseguem passar para fazer a coleta. Além disso, a falta de rede de esgoto é mais um fator prejudicial ao meio ambiente da área. <br />"Estamos fazendo mal para o meio ambiente, mas não é porque a gente quer. Estamos esperando a regularização que deve ser aprovada até janeiro de 2012", afirma.<br /><br />De acordo com a prefeita, a regularização do setor é a alternativa para reduzir os danos causados na área no decorrer dos anos. "O Pôr do Sol está dentro da ARIE JK. Nossa luta é para que o governo desça a poligonal somente para a região do Parque Metropolitano de Ceilândia para que possamos começar as obras de regularização do setor".<br /><br /><strong><strong>Processo em andamento</strong></strong></p>
<p>No último dia 16, representantes da Secretaria de Estado de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano do Distrito Federal (SEDHAB ) e do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) estiveram no setor para dialogar com os moradores e visitar as áreas que serão mapeadas antes do início das obras da regularização. Segundo o Diretor de Articulação Institucional da SEDHAB, José Carlos Prestes, o processo está dividido em três etapas: regularização fundiária, urbanística e ambiental. "Esses pilares mostram que a terra é pública e que, portanto, devem ser construídos equipamentos públicos como escolas, postos de saúde e polícia. Algumas pessoas terão de ser remanejadas por estarem em áreas com risco de desabamento, além de providências de saneamento e cuidados ambientais", explica.</p>
<p>Prestes acrescenta ainda que a regularização obedecerá a lei do Programa Minha Casa, Minha vida, segundo o qual populações de interesse social com baixa renda podem permanecer habitando áreas ambientais. "No caso do Pôr do Sol, grande parte da população será mantida de acordo com a lei, mas serão obedecidos uma série de critérios como as três etapas para que possamos reduzir esses problemas", afirma.</p>
<p> </p>
<p> <strong><strong>Cidadania 100 fronteiras: planos e expectativas</strong></strong></p>
<p> </p>
Criada há cerca de 20 anos, ONG Cidadania Sem Fronteiras iniciou com projetos voltados para o esporte, como o futebol, na região do Pôr do Sol. No entanto, os problemas ambientais e sociais levaram a entidade a ampliar a atuação para iniciativas de conscientização ambiental, além das atividades esportivas com jovens da região.
<p> </p>
Costa afirma que novos projetos estão sendo elaborados para o ano de 2012, em parceria com alunos do ensino fundamental de escolas do P Sul, em Ceilândia. "O Guardiões do Cerrado será uma ação que conscientizará esses jovens com relação ao espaço ecológico da área, com a realização de seminários e oficinas nas escolas", explica. Além dessa ação, a ONG deseja ainda a ampliação do Parque Metropolitano de Ceilândia. "O parque está ocupado em parte pela UnB e pela sede da Polícia Civil. Precisamos de um espaço maior que abranja o sítio arqueológico encontrado na ARIE JK, com objetos existentes há 9 mil anos, além de um espaço urbano para a construção de um museu para expor esses objetos que estão na Universidade Católica de Goiâ;nia. E de um espaço para atendermos um público maior com oficinas e outras atividades", acrescenta o coordenador de projetos da Organização, Sebastião Gonçalves Rios.
<p> </p>
A Cidadania 100 Fronteiras conta com o apoio da Central única de Moradores e Entidades do Setor Habitacional Pôr do Sol, presidida por Leni â;ngela Gomes Rabi. Segundo ela, a população da área está aderindo às iniciativas propostas pela organização. "Nós estamos dentro de uma região ambiental, os moradores estão desenvolvendo essa consciência de que temos uma parcela de responsabilidade para fazer a preservação. Vemos cada vez menos lixo espalhados pelas ruas", afirma.
<p> </p>
</td>
</tr>
<tr>
<td>
<p class="ns_data">Publicado em 21/11/2011 - Fonte: IESB</p>
</td>
</tr>
</tbody>
</table>
Notícia publicada em: 31/10/2012