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ONDE ESTÁ O DINHEIRO NO DISTRITO FEDERAL?


"Meu cliente vem pra Ceilândia esperando o preço mais baixo. Aí eu diminuí a minha margem de lucro para ter mais público, o que compensa", diz Rosimeire Maria Sampaio, 43 anos, empresária de Ceilândia. Nem sempre as regiões mais abastadas são aquelas por onde circula mais dinheiro. No caso do Distrito Federal, somente cinco das 31 regiões administrativas (RAs) concentram quase a metade da renda gerada pelas famílias brasilienses. E, das cinco cidades onde a renda de seus moradores é maior, apenas duas são consideradas de alta renda: Brasília e Sudoeste. Taguatinga, Ceilândia e Águas Claras %u2014 esta última de renda média-alta %u2014são as três RAs depois de Brasília com mais dinheiro em circulação, de acordo com cálculos feito pela reportagem a partir da renda per capita captada pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). Para se ter uma ideia, quando se fala do rendimento familiar médio, Taguatinga e Ceilândia ocupam, respectivamente, apenas as 12ª e 20ª colocações. Todos os meses, cerca de R$ 800 milhões entram na economia de Brasília, fruto do orçamento familiar, o que representa de 50 a 60% do total de dinheiro circulante. Taguatinga vem em seguida na quantidade de riqueza produzida pelas famílias. São R$ 263,3 milhões. Em terceiro, Ceilândia, com R$ 246,1 milhões, e em quarto, Águas Claras, com R$ 245,1 milhões (veja ranking). O que demonstra que a renda per capita não é o determinante para a economia das RAs. O Park Way, por exemplo, é a quinta região com maior renda per capita, mas apenas a 17ª em circulação mensal de dinheiro. Correio Brasiliense – 12/05/13

Notícia publicada em: 12/05/2013