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Ceilândia surpreendente


<p>A capital federal é cenário de inspiração para jovens artistas responsáveis pela produção de revistas em quadrinhos. Prova disso é a trama Doyon, que nasceu no estúdio feito por tr&ecirc;s amigos, na Ceilândia. Wesley da Costa, Carlos Henrique e Douglas Firmino fundaram o estúdio independente Cubo Comics, impulsionados pela paixão pela arte. Grandes fãs dos quadrinhos norte-americanos, eles procuraram inventar um estilo brasileiro de fazer gibis.</p> <p>O primeiro projeto lançado é Doyon. A revista traz a história de um agente de polícia de&nbsp;Brasília chamado David Silva. Infiltrado no crime organizado, ele se envolve com a lenda de um povo Indígena que o transforma no guardião Doyon.&nbsp; Entre muita ação e suspense nas ruas e becos de Brasília, o herói-vilão se envolve em aventuras em busca de seu verdadeiro passado.</p> <p>Segundo Douglas Firmino, desenhista e responsável pelo argumento da produção, a ideia de criar um personagem envolvido com a história de um povo indígena foi uma forma de difundir fatores culturais do Brasil por meio das páginas da revista.&nbsp;Doyon está em fase de finalização, mais ainda sem apoio de editores ou gráficas que possam contribuir com a impressão das primeiras tiragens.</p> <p>Tem gente que já está de olho no potencial dos jovens quadrinistas. A trupe já até foi convidada por um professor de Matemática a dar oficinas de quadrinhos em escolas como o Centro de Ensino Médio 111 do Recanto das Emas e a Escola Estadual do Incra 8. &ldquo;Esse convite foi muito motivador, a oportunidade de está levando aos alunos parte do conhecimento sobre como produzir esse tipo de trabalho é fantástico. Ainda mais nessa época que o mercado de entretenimento tem maior abertura, mais recursos&rdquo;, afirma Douglas.</p> <p>A prévia gratuita da revista está disponível para leitura no site do estúdio:<a href="http://www.cubocomics.com.br/">www.cubocomics.com.br</a>. Os criadores também fizeram uma página no Facebook para divulgar notícias sobre lançamentos de quadrinhos, palestras entre outros eventos do ramo.&nbsp;<a href="http://www.facebook.com/cubocomics" target="_blank">www.facebook.com/cubocomics</a>.</p> <p>A expectativa de sucesso dos novos quadrinistas do DF, como os garotos da Cubo Comics, não é novidade para o desenhista e professor formado em artes plásticas, Mauro César Bandeira, fundador do blog Universidade dos Quadrinhos - DF em 2008. A página traz as últimas novidades sobre o universo dos quadrinhos no Brasil e no mundo.</p> <p>Por muito tempo, as HQ's foram vistas como uma arte inferior em relação &agrave;s outras e &agrave; literatura, mas, para Mauro, os quadrinistas vivem hoje num cenário de otimismo. &ldquo;Os artistas t&ecirc;m acreditado mais no potencial do quadrinho, ele é um ferramenta essencial na formação cultural das pessoas, por meio dele a gente compreende as relações sociais&rdquo;.</p> <p>Apesar do potencial criativo dos envolvidos com a arte, o blogueiro enxerga a falta de fomento &agrave; produção no DF e pouco incentivo a formação de novos artistas. &ldquo;Falta patrocínio por parte das empresas e até mesmo do governo para melhorar a distribuição e a publicação mais periódica do quem tem sido produzido. é preciso imprimir essas novas publicações. A leitura do quadrinho impresso é mais interessante ao público, mas custa caro.&rdquo;</p> <p>O morador da Ceilândia ministra oficinas de desenho gratuitas para a população no Centro Cultural da cidade e também no espaço cultural de Santo Antônio do Descoberto. Mais informações sobre as oficinas podem ser obtidas por meio do número (61)93166611 e no blog&nbsp;<a href="http://maurobandeiras.blogspot.com.br/">http://maurobandeiras.blogspot.com.br/</a>.</p> <p>Na Kingdow Comics, uma das lojas especializadas mais conhecidas em Brasília, um público com idade entre 15 e 30 anos adquire mais os mangás e as revistinhas dos heróis norte-americanos . Para o empresário Gabriel Gonçalves, um dos responsáveis, a leitura de quadrinhos ainda é pouco incentivada no Brasil e os quadrinistas precisam percorrer caminhos alternativos para comercializar sua produção.</p> <p>&ldquo;Hoje o quadrinho brasileiro independente está muito em alta, para alcançar as grandes editoras é difícil. Então os artistas mesmos é que criam, divulgam, buscam refer&ecirc;ncias no meio, lançam revistas na internet. é claro que não t&ecirc;m um retorno financeiro imediato, mas é assim que eles vão tornando o trabalho conhecido&rdquo;, completa.</p> <p>Fonte: Jornal Alô - 10/11/12</p>

Notícia publicada em: 10/11/2012